Comprar o primeiro apartamento é uma grande conquista que requer planejamento. Afinal, é um passo muito importante na vida. E, além das finanças, existem diversas questões a serem analisadas.
Confira um passo a passo com tudo o que você precisa saber antes de comprar o seu primeiro apartamento!
1. Faça planejamento financeiro
Aprender a cuidar do próprio dinheiro é essencial para atingir qualquer meta. Para comprar um bem de alto valor como um imóvel, com responsabilidade e segurança, o caminho é o planejamento.
O primeiro passo é fazer um diagnóstico das finanças pessoais, ou seja, saber se o que se ganha (receita) é compatível com o que se gasta (despesas). Caso o resultado mostre um desequilíbrio no orçamento, é importante definir limites para as despesas. Isso quer dizer também que será necessário mudar alguns hábitos.
Existe uma fórmula simples, que ajuda a estabelecer parâmetros de gastos: 50-30-20. Veja um exemplo de como usá-la:
50% da renda para gastos essenciais: Aluguel, condomínio, água, luz, gás, manutenção da casa, escola dos filhos, faculdade, plano de saúde, medicamentos de uso frequente, compras do mercado, refeição no trabalho, combustível, estacionamento, transporte público, entre outros.
30% gastos variáveis: Restaurante, cuidados pessoais, conta de celular, tv a cabo, academia, lazer, compras, dívidas, entre outros. Uma dica é não deixar de fora nenhum gasto, por menor que seja.
20% dívidas e reserva financeira: Reserva financeira para o futuro e emergências.
2. Pesquise o mercado
Depois de organizar as finanças, é hora de pesquisar o mercado imobiliário para saber se é um bom momento para comprar um apartamento.
A taxa Selic, por exemplo, é um indicador que influencia diretamente os financiamentos. Quando a inflação sobe, essa taxa costuma aumentar. Isso acontece porque, com juros altos, as pessoas tendem a comprar menos. Isso força o mercado a diminuir os preços e frear a inflação. Outro ponto é avaliar o preço do metro quadrado nos bairros que se deseja morar.
3. Conheça as modalidades de pagamento
Se o objetivo é comprar o imóvel à vista, é preciso considerar também as despesas e impostos que fazem parte desse tipo de transação, como a alíquota do ITBI. Agora, no caso do financiamento imobiliário, existem dois principais sistemas de financiamento imobiliário, o Sistema Financeiro de Habitação (SFH) e o Sistema de Financiamento Imobiliário (SFI).
A principal diferença entre o SFH e o SFI é que o primeiro estabelece algumas condições para o financiamento imobiliário, como limite no valor de avaliação do imóvel e taxa de juros, por exemplo. Já no segundo caso, essas condições não estão preestabelecidas, sendo permitida a livre negociação entre os clientes e as instituições financeiras.
4. Aprenda como consultar seu score
O score reúne diversas informações para determinar qual será a pontuação, de 0 a 1000, de crédito do consumidor. Desta forma, o score mostrará à empresa qual o risco que ela pode ter ao emprestar dinheiro.
Um bom score pode aumentar as chances de obter crédito, negociar valores mais altos e conseguir melhores condições de juros. Com uma pontuação alta, a instituição entende que é menos arriscado emprestar dinheiro. Entretanto, o score não é o único item analisado.
5. Analise a documentação
Essa parte exige muita atenção. É fundamental verificar todas as taxas que serão cobradas no financiamento, incluindo o reajuste pelo Índice Nacional de Custo da Construção (INCC), usado na maioria dos contratos, assim como as condições de pagamento.
No caso de imóveis comprados na planta, é importante analisar o memorial descritivo da construção. Ele é obrigatório por lei e deve ser entregue já registrado, antes mesmo do lançamento do empreendimento e início das obras.
No memorial descritivo da construção, constam informações fundamentais sobre o imóvel: metragem, materiais empregados, estruturas, especificações do projeto (como vagas de garagem), instalações elétricas, louças, revestimentos, entre outros detalhes.
6. Apartamento novo ou usado?
Os imóveis usados têm a fama de serem mais baratos, mas nem sempre o fator econômico é o principal ponto a se considerar. Quanto mais antigo o apartamento, maior a necessidade (e os gastos) de manutenção. Além disso, a documentação pode ser um problema.
Já os imóveis novos estão cada vez mais modernos e possuem espaços sociais maiores, com lazer amplo, além da segurança e tecnologia.
Na contratação do financiamento, os novos são mais fáceis de serem aprovados, pois se estiver tudo em dia com o projeto, significa que tem uma vida útil longa e compatível com o tempo do pagamento.
7. Apartamento na planta ou construído?
Quando a compra do imóvel é feita direto com a construtora, é possível diluir o valor da entrada – que varia de 10% a 20% do valor – em parcelas. No caso de imóveis prontos, a entrada precisa ser à vista.
Outro detalhe: a construtora não cobra juros sobre o valor financiado durante o período de construção do empreendimento, enquanto a maioria dos bancos só financia a aquisição do imóvel após o término da obra.
8. Conheça a construtora e/ou da imobiliária
Por ser uma transação que envolve altos valores, é imprescindível saber quem são os outros envolvidos na negociação. Informe-se sobre a reputação da construtora ou incorporadora. Observe se ela é bem conceituada, certificada e possui prêmios reconhecidos por instituições que avaliam o setor, como a Tegra Incorporadora.
9. Faça um tour virtual pelos apartamentos
Hoje, diversos empreendimentos oferecem visitas virtuais como uma alternativa para conhecer os apartamentos decorados sem sair de casa. Trata-se de uma apresentação em 360º graus das unidades que já foram pré-concebidas em seu estágio de construção.
Sem a necessidade de deslocamento até o local, o tour virtual facilita o processo da compra de uma outra maneira: é possível revisitar a hora que quiser e observar atentamente os detalhes, otimizando a consulta com um corretor.
10. Escolha do bairro
É um quesito importante não só pelo lado financeiro, mas também pela qualidade de vida. A escolha deve levar em consideração os seus hábitos e rotina. Quem gosta de fazer tudo a pé, por exemplo, deve buscar bairros com uma boa infraestrutura de comércio e serviços no entorno.
Outra questão a ser avaliada é a facilidade de deslocamentos, principalmente em grandes cidades. Além disso, para saber se a região é tranquila ou agitada, a dica é passear pela vizinhança em vários horários do dia.
Via: Tegra Blog